Empresas deverão liberar trabalhadores para votar nas eleições municipais

Empregados devem ter tempo suficiente para votar, sem sofrer descontos pelas horas ausentes, conforme estabelece a Lei nº 4.737/1965

Destaques Sindicais - 2/10/2024 15:32:8 » Por Leonardo Lelis (MTB 56291SP)


Assista à entrevista feita pelo Programa Jornal do Trabalhador com o presidente do SETH, Sergio Paranhos, nesta terça-feira (01/10)


Em entrevista ao Programa Jornal do Trabalhador, o presidente do SETH, Sergio Paranhos, lembrou que o horário de funcionamento do Clube de Campo SETH será das 10h às 18h no próximo domingo, 6 de outubro, em razão do primeiro turno das eleições municipais. "Essa medida é necessária para que os funcionários do clube consigam ir votar e retornem para atender os associados", informou.


Paranhos ressaltou, ainda, que as empresas são obrigadas a liberar seus funcionários nos dias de eleição por tempo suficiente para votar, sem sofrer descontos pelas horas ausentes, conforme estabelece a Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral). "O voto é um direito sagrado de todo cidadão e, mesmo que o trabalhador tenha escala de serviço neste domingo, a empresa deverá fazer um revezamento para que ele possa ir votar, ele não pode ser impedido de votar."


Além de garantir a liberação, os empregadores também não podem impor obstáculos ao exercício do voto. Isso inclui, por exemplo, o caso de um funcionário que vote em uma cidade diferente de onde trabalha, situação em que a falta não pode ser descontada. A regra também se aplica aos eleitores facultativos, como pessoas acima de 70 anos e jovens de 16 a 18 anos, que, mesmo sem a obrigatoriedade de votar, têm o direito de exercer seu voto.


Por fim, o presidente do SETH falou sobre a importância de votar com consciência. "Todos os cidadãos têm que pensar naqueles que irão dirigir os seus caminhos. Este é o momento em que o trabalhador deve analisar quem está ao seu lado, quem trabalha pelo povo. Não adianta só fazer propaganda, as pessoas têm que analisar o currículo do candidato, saber quem ele é, que benefício poderá trazer para o município e, depois de votar, se ele for eleito, cobrar também", concluiu.